adm cont1Estrutura dos cursos gerenciais da Fema 

Administração e Ciências Contábeis trabalham na formação de profissionais voltada à demanda local

Escrito por Silvio Moura

Assessoria de Comunicação Fema

 

Os cursos das áreas gerenciais são um dos mais tradicionais na Fundação Educacional do Município de Assis – Fema. Atualmente, são oferecidas graduações em Administração e Ciências Contábeis.

O professor mestre João Carlos da Silva, coordenador da área, diz que o diferencial desses cursos é o foco no mercado de trabalho. “Modificações e transformações são necessárias constantemente na grade programática, com a formação voltada às necessidades regionais”.

Na entrevista a seguir, o coordenador fala sobre a estrutura dos cursos, os desafios na formação dos novos profissionais e as perspectivas para o mercado de trabalho.

 

Administração

A primeira turma de Administração na Fema é de 1999. Na primeira década, o curso se voltou mais para o Comércio Exterior. Em 2013, entretanto, o conteúdo passou por uma adaptação para atender a demanda local.

Essa evolução, segundo João Carlos da Silva, foi pautada a partir da seguinte pergunta: Qual a vocação de Assis? “Somos fortes em agricultura, comércio e serviços. Precisávamos explorar tudo isso. Colocamos disciplinas para atender a área comercial, financeira e de gestão pública”.

Outro dado importante que influenciou essa mudança no conteúdo programático da Administração da Fema diz respeito ao tamanho das empresas. Assis é composta principalmente de pequenas e médias empresas.

Na Fema, o aluno é formado para ser líder de mercado, não só nas empresas já existentes, mas também em seu próprio negócio. “O estímulo ao empreendedorismo é fundamental. A visão empreendedora abre novos horizontes”.

Muitos egressos, lembra o professor, já estão com suas empresas. “Com o apoio aqui da fundação, precisamos continuar a fomentar e mostrar que o aluno pode sim almejar seu negócio. Essa cultura não se implanta do dia para a noite, mas estamos no caminho certo”.

Alunos em Administração, ao final do curso, podem fazer aproveitamento de matérias e, com mais dois anos, adquirirem o diploma para Contábeis. A mesma regra vale para o estudante de Contábeis que deseja se formar em Administração.

 

Ciências Contábeis

O curso de Ciências Contábeis teve início em 2013.  É uma das graduações mais tradicionais e, em Assis, é oferecida somente na Fema.

“Contábeis na Fema já nasceu com objetivo de propiciar uma formação mais abrangente”, destaca João Carlos da Silva. “Até bem pouco tempo, o contador se preocupava só em resolver o problema contábil. Isso mudou muito. O aluno deve ter uma visão gerencial e atuar em conjunto com o administrador da empresa”.

Para atender a essa realidade, a grade curricular conta com aulas que envolvem disciplinas gerencias nos dois primeiros anos. Na segunda metade, o foco é mais específico para a área contábil. O profissional precisa estar preparado para enxergar as mudanças e assim ampliar sua área de atuação.

“Fazer a declaração do imposto de renda, por exemplo, é cada vez mais eletrônica. Isso impacta na redução de atividades de muitos escritórios. O profissional que não estiver em consonância com o que é tendência ficará limitado”.

O contador moderno trabalha em relação direta com os custos da empresa, independente do tamanho. Diversos outros campos se abrem para esse profissional, segundo João Carlos da Silva, que pode trabalhar no setor de controladoria, na área de perícia judicial contábil e, inclusive, ser acadêmico.

 

Infraestrutura e atividades complementares

Os alunos de ambos os cursos contam com uma série de atividades dentro e fora das dependências da Fema que amplia sua formação

Já no segundo semestre deste ano, visitas técnicas ao Bovespa e à Natura estão programadas. Anualmente, acontece a Semana de Estudos Gerenciais, com palestras e workshops realizados com profissionais da área, e o Ciclo Mercadológico e a Feira das Nações, que colocam o aluno diante da prática.

Os estudantes também são estimulados a participar do Conad, o Congresso Nacional de Administração, um dos maiores da América Latina. “Os alunos são colocados em contato com o grande mercado de trabalho. Incentivamos ainda que os alunos façam cursos online complementares em instituições como Sebrae, FGV, Fundação Bradesco”.

Em breve, destaca João Carlos da Silva, será implantado o Núcleo de Práticas Gerenciais, uma evolução a atual FemaJR. “Será um laboratório de práticas para que os alunos se envolvam, participem de eventos e façam visitas técnicas a empresas”.

Futuro

Para o coordenador, o administrador e o contador têm um grande mercado. “É nesse momento de crise política, econômica e, sobretudo, de crise ética e moral é que as empresas precisam ser mais competitivas e trazer profissionais especializados e com responsabilidade”.

O professor reconhece, por outro lado, os desafios na formação do profissional, não só durante o período da graduação, mas também de que maneira trazer novos alunos para o Ensino Superior em um cenário econômico adverso.  “Por questões financeiras, tivemos, sim, um impacto na área da educação, tanto no número de interessados, quanto na quantidade de alunos desistentes”.

João Carlos da Silva acrescenta a importância do trabalho conjunto entre coordenação e direção da Fema para oferecer outras modalidades de financiamento.

“Precisamos trabalhar para captar ainda mais recursos e financiar alunos que não têm condições de pagar a faculdade. O FIES, mesmo com um número de bolsas menor, continua. O fato é que se o interessado souber que existe financiamento, que ele pode pagar a faculdade, ele vai procurar nossos cursos. Se chorarmos por causa da crise, nada se faz”.

 

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